“Hybrid One”, single da banda Outland, é um mergulho no universo dos games e animes
O que você pensa ao ler a seguinte frase: Uma caçadora de recompensa busca encontrar na sua jornada o real papel dela nesse mundo. Filme? Livro? Que tal o novo single da banda Outland – “Hybrid One”? Sim, e ao som de muito rock e game music!
Essa canção é um mergulho no universo dos games e animes. Quer saber como? Então, continue com a gente!
“Híbrida” – personagem de RPG e inspiração para “Hybrid One”
E se a gente te contar que a inspiração para “Hybrid One” surgiu a partir de uma personagem chamada Híbrida? Sim, criação do guitarrista da Outland, Raphael Vale, para um projeto de livro e jogo de RPG em 2006. Só que esses projetos não foram adiante.
Então, Vale decide transformar a história de Híbrida em canção. E assim, surge “Hybrid One”, composta em 2008. O guitarrista fala um pouco sobre a personagem:
” Híbrida é uma mestiça de duas raças em uma guerra secular. Uma caçadora de recompensas fria, descrente e niilista, mas em conflito constante com sua essência, e assombrada por suas escolhas, seu passado…E futuro.
Sua jornada em busca de si mesma lhe fará entender seu real papel neste mundo e a razão de seu martírio, assim como definir seu próprio sentido de ser.”
Assim são as canções da Outland, com temas sobre fantasias, universo distante, mas que dialogam com a nossa realidade.
As letras da banda são metáforas de situações em que todos vivemos. E “Hybrid One” é um exemplo disso: um conflito interno no qual ou você desiste e se entrega ou você encontra um caminho para seguir em frente.
“Hybrid One”- volta no tempo dos animes e games
É impossível não lembrar dos animes e dos games dos anos 80 e 90 ao escutar “Hybrid One”. Os solos de teclado e os acordes padrão das músicas-temas estão bem presentes nesse single da Outland e te fazem voltar no tempo.
Embora Outland seja uma banda de metal progressivo, a influência da Game Music é destaque em “Hybrid One”.
Pra quem não sabe, Game Music é uma música criada especificamente para os games. E hoje é considerado um estilo musical por si próprio.
E a combinação de gêneros musicais ( hard rock, rock progressivo, game music e blues) faz de “Hybrid One” uma daquelas canções inesquecíveis.
Composição de “Hybrid One” – vários gêneros musicais dentro de uma canção
“Hybrid One” não é apenas uma canção no estilo metal progressivo. Ela engloba vários gêneros musicais. E Raphael Vale complementa:
” O legal de compor um Rock ou Metal Progressivo é que você tem basicamente uma sopa de Rock/Metal e pode inserir ingredientes de outros estilos para dar qual sabor quiser.
Mas ainda assim será uma sopa, então o grande lance é escolher os ingredientes que combinam bem.
Em Hybrid One, os elementos de Hard Rock e Metal se mesclam às experimentações progressivas.
As harmonias e compassos complexos representam o conflito interno e a complexidade da existência.”
E todos da banda participam do processo de composição. Cada um imprime a sua personalidade, mas sempre em comum acordo:
“No caso de Hybrid One, escrevi os esboços das linhas instrumentais, vocais e letra da música e apresentei o projeto para o pessoal da banda.
O processo a partir daí foi como um diálogo entre arquitetos e engenheiros para trazermos essa obra à vida.
No caso da bateria, por exemplo, os arranjos criados pelo Mauro diferiram bastante dos esboços originais ( já que meu conhecimento de percussão é meramente teórico) e tem a marca própria do estilo dele;
Leo trouxe muito de sua pegada mais “groovada” para a música, o que dá à dinâmica um diferencial;
Tio Lu, além de corrigir meus eventuais erros de notação musical das partituras de teclado e de ter trazido um brilhante solo para o arranjo, tem um talento especial para timbres e escolhas de mixagem;
e Diego transformou meu cantarolar (só faço backing vocals) em uma linha de voz imponente e tremenda. Assim chegamos no arranjo final.” – Raphael Vale (guitarrista)
Refrão – ponto de partida para compor
E o refrão foi o ponto de partida para Outland compor “Hybrid One”, com influência do blues nas linhas vocais.
Reprodução:YouTube/Outland
Inicialmente, esse single teria sido composto para uma voz feminina, mas houve uma adaptação com a entrada do vocalista, Diego Reategui, como ressalta Vale:
“Com a entrada do vocalista Diego Reategui, adaptar as linhas para aproveitar melhor a tessitura vocal pareceu a melhor ideia e gostamos muito do resultado.”
E o que falar do pré-refrão?
“O pré-refrão (..,”I’m over here”…) têm influências clássicas de Van Halen (nos contracantos) e de Game Music (nos teclados, de jogos clássicos de 8 bits como Out Run).
Reprodução:YouTube/Outland
Eu queria justamente criar essa vibe Hard Rock oitentista aqui e emular este diálogo da personagem com algo além. Esses contra-cantos voltam no final do refrão, mas agora complementando as falas, mostrando um alinhamento de entendimento da realidade.” – explica Vale.
E o guitarrista continua:
” A transição após o 1º refrão é uma viagem à parte. Aqui rolou muitas ideias progressivas bem complexas e que na época (2008) deu um trabalhão para aprendermos a tocar.
O teclado inicial tem uma vibe mais etérea e cristalizada (influências de Mike Oldfield e de Game Music como “Megaman X4” de Toshihiko Horiyama).
Reprodução:YouTube/Outland
A intenção era fazer uma linha de teclado cujos contratempos soassem como melodias independente e soltas, ao mesmo tempo em que os demais instrumentos seguiram marcando uma base intrincada em uníssono que seguia todas as variações da bateria.
Depois tudo isso para e um compasso quebrado 13/8 em escala hexafônica (adoro o som dessa escala) começa com uma frase de guitarra ascendente, e um tema que é depois repetido pelos demais instrumentos (influências pesadas de “King Crimson”, “Emerson, Lake & Palmer” e de bandas progressivas mais recentes como Symphony X).
Reprodução:YouTube/Outland
A ideia aqui era realmente criar uma separação da realidade, uma situação bizarra, como um sonho estranho, e que de repente se conecta novamente com o mundo real em “…So trust me, life is no more than a lie”.
Sobre a Outland
Tudo começou em 2008, quando o guitarrista Raphael Vale e seu amigo de infância, o baterista Mauro Morais, resolvem unir sua paixão por rock progressivo e heavy metal. Como também seus estudos musicais, com sua admiração por games e RPG. E assim criam a banda Lirium. Mas, em 2010, a banda é desfeita.
Nove anos depois, Raphael e Mauro reencontram os antigos integrantes da banda, Leo Coelho (baixo) e Tio Lu (teclado), e trazem suas novas influências e ideias para os arranjos originais.
Com a entrada do vocalista Diego Reategui (ex-companheiro de banda de Raphael em uma banda cover do Helloween em 2007), nasce então o Outland.
Como eles mesmos se auto-definem:
“ Somos sons de mundos distantes, somos Outland. Nossas canções trazem histórias de um universo fora, distopias, metáforas e delírios do ser.”
A banda se prepara para o lançamento em breve do EP “City of Eternal Lights”. O EP foi totalmente produzido pelo Outland, com baterias gravadas no Fábrika Studio (Belém, Brasil), sob direção de Ricardo Chaar.
E os demais instrumentos e vocais gravados in Home Studio, ao longo de 2021, com o próprio tecladista e produtor fonográfico Tio Lu à frente da engenharia de captação, som, mixagem e masterização, assim como da distribuição digital.
Videoclipe “Hybrid One”
Agora é só curtir o som de “Hybrid One”, com a arte gráfica sensacional da artista Menina Aranha:
Reprodução:YouTube/Outland
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