“Remédios”, novo álbum da Supercombo: um alívio para a nossa alma
06/06/2023/
A música salva! Essa é a frase que logo nos vem à cabeça ao ouvirmos o álbum “Remédios”, da Supercombo. Após 3 anos sem lançamentos, a banda traz no seu novo disco toda a explosão de sentimentos por quem viveu a pandemia.
Bora continuar com a gente e descobrir o porquê do álbum da Supercombo ser um santo remédio para a nossa alma!
Álbum “Remédios”: identificação total do público
Logo que a gente ouve o álbum “Remédios” rola uma identificação total com os anseios e as dores da banda.
A sensação é de alívio. Alívio em saber que nós não somos os únicos:
a ter dúvidas sobre o nosso futuro,
a ser resiliente em meio a tanta situação de estresse emocional,
a não desistir mesmo quando tudo parece dizer o contrário.
É como se as canções da Supercombo conversassem com você, através de letras otimistas e refrões com palavras de incentivo.
E por que essa conexão tão forte entre o público e as músicas do álbum? Paulo Vaz, tecladista da banda, respondeu, em entrevista ao nosso blog:
“Tudo o que a gente viveu nos últimos anos, com a pandemia, o que estávamos sentindo reflete muito essa união, com as dores e desejos, colocando pra fora o que a gente tava sentindo, em paralelo com o que as pessoas estavam sentindo também. Por isso houve uma identificação.”
É o que também pensa Léo Ramos, vocalista, guitarrista e compositor das letras da Supercombo:
“O fim da pandemia, a vinda de um disco novo depois de um bom tempo, a gente estava com muitas revoltas.
Então acho que o trabalho acabou por acompanhar isso também, trouxemos essa energia toda para as novas composições.”
Álbum “Remédios” – Imersão de 1 mês no estúdio
E “Remédios” é um álbum especial para a “Supercombo”:
Crédito:@supercombooficial
“A gente ficou 1 mês no estúdio compondo e criando. Foi uma imersão no estúdio. E foi diferente porque nós quatro tocamos juntos nas gravações, exceto a parte dos vocais.
Crédito:@paulovaz
Assim como nos primeiros discos, a densidade da melodia vem antes das letras. É a percepção do que nos doía, do que nos deixou feliz.
Crédito:@supercombooficial
Primeiro a gente sentiu tudo e expressou verbalmente. Tanto que a Carol (baixista e vocalista) cantou muito mais nesse disco do que nos outros. ” – conta Paulo Vaz.
E Léo Ramos complementa:
“A Supercombo sempre foi uma banda roqueira, mas tivemos fases em que nos guiamos por melodias mais suaves, alteramos algumas intenções.
Crédito:@supercombooficial
Mas quando você coloca uma banda completa em estúdio, nesse clima de jam session, naturalmente o som acaba saindo mais pesado. E olha, acho que tem a ver com o momento também, né? ”
Por que o nome “Remédios” para o álbum?
A escolha do nome do álbum geralmente é o single em destaque ou abrange o conceito do disco.
No caso de “Remédios”, as duas opções se aplicam ao álbum, como explica Léo Ramos:
“Acho que não há ‘remédio’ algum que dê conta da vida, rs…O que a gente tá falando nesse disco é mais nisso de você aceitar a vida e entender o que você pode fazer com ela, extrair dela, sabe?
Crédito:@supercombooficial
O nome do álbum mesmo veio do nosso processo criativo. Passamos por uma fase muito ruim nos últimos anos.
E aí nossos encontros para a composição deste disco acabou se tornando uma experiência muito positiva, deixou nossa rotina mais saudável e tranquila, funcionava como uma espécie de ‘remédio’ pra gente.
Então a faixa ‘Remédios’ veio daí, como se o eu-lírico fosse um remédio em si, falando sobre o que ele reflete em relação ao uso abusivo de remédios por boa parte da nossa sociedade contemporânea”
E Paulo Vaz resume:
Crédito:@paulovaz
“Remédios é a única música que já tava pronta. Ela é a espinha dorsal do álbum pois reflete o contexto de tudo o que a gente falou.”
As canções de “Remédios”
Lançado no dia 12 de maio, “Remédios” conta com 12 faixas e participações de Vitor Kley (“Tarde Demais”) e Elana Dara (“Estrela do Mar”).
Por falar em canções, as do novo álbum da Supercombo são verdadeiros remédios para a nossa alma.
E algumas dessas músicas se destacam exatamente por expressar em palavras o que precisamos ouvir para seguir em frente. É só ouvir os refrões e você logo vai entender:
E quanto à recepção do público? Bom, ela só valida o que acabamos de dizer no início desse artigo: identificação total com as mensagens das canções.
Crédito:@supercombooficial
É o que Paulo Vaz constatou no show do lançamento do álbum, em São Paulo:
Crédito:@supercombooficial
“A gente lançou o álbum no dia 12 de maio e fez o show no Audio no dia 21. E todo o público cantava as letras , não só algumas canções. As pessoas levam o disco como uma unidade.”
E nós, do Blog Letra e Música, vimos no show da Supercombo, no Imperator (RJ), toda essa conexão do público com as músicas do novo álbum da banda.
Crédito:@supercombooficial
Dá uma olhada só nessa apresentação de “Aos Poucos”:
Cada canção era entoada por todo o público. Foi bonito ver o Imperator inteiro junto com a Supercombo numa única voz.
Eram jovens, pais, mães, crianças, avós, adolescentes, namorados, solteiros, fãs. Que energia contagiante!
E a Supercombo mandou bem o seu recado com toda a potencialidade das suas letras, sons, melodias, música.
Que tal encerrar o show com um dos seus maiores sucessos? Com vocês, “Piloto Automático”, com direito à participação dos produtores, banda de abertura e público:
Reprodução:YouTube/Blog Letra e Música
Sobre a Supercombo
Crédito: Renato Peres
Com mais de um milhão de inscritos no YouTube, a Supercombo é uma banda de rock alternativo que tem em suas letras temas sobre dilemas e emoções diárias. E sempre com uma pegada mais direta e otimista.
Formada em 2007, a banda tem como integrantes:
Léo Ramos (voz e guitarra),
Carol Navarro (baixo e voz),
Paulo Vaz (teclado),
e André Dea (bateria)
Supercombo conta com seis álbuns na sua carreira, sendo o mais recente, “Remédios”, lançado em maio de 2023 e já com um milhão de plays.